Uma pesquisa da Reuters Institute Digital News revelou que 1 entre cada 5 jovens de 18 a 24 anos utiliza o TikTok como principal ferramenta de busca. Seria um prenúncio do fim do Google ou apenas um movimento comum? Confira neste post!
De acordo com dados recentes, se você tem mais de 25 anos, é provável que o Google seja a sua principal fonte de informações para tirar dúvidas. Assim como para os mais jovens, ainda é a escolha da maioria. No entanto, nos últimos tempos, o TikTok tem ameaçado o domínio do gigante do Vale do Silício, visto que quase metade da geração Z busca conteúdo em vez de palavras-chave.
O que esse movimento nos indica? O Google deveria se preocupar com o futuro de seu serviço de buscas? Provavelmente não. A empresa é uma das marcas mais poderosas do mundo, justamente devido aos investimentos em diferentes serviços, tornando-se competitiva e antenada às tendências de mercado, muitas vezes criando algumas delas. Todavia, a história nos ensina que novas tecnologias geram novos hábitos, e esses têm grandes impactos no marketing.
É inevitável: os avanços tecnológicos provocam transformações culturais. Consequentemente, gerando novos avanços em um processo de retroalimentação. A evolução de ambas as áreas é impulsionada pela interação contínua entre tecnologia e cultura, que determina como vivemos, comunicamos e nos relacionamos. Em síntese, a dinâmica funciona dessa maneira:
Para exemplificar, pense na própria internet.
As mudanças de hábito provocadas pelo surgimento do compartilhamento de arquivos pela internet foram algumas das mais impactantes em um segmento de mercado específico: a indústria da música. Antes desse fenômeno, os consumidores estavam essencialmente limitados à compra de álbuns de seus artistas favoritos em mídias físicas. Mesmo quando se recorria a gravar uma música específica de uma rádio em uma fita cassete — sim, fazíamos isso na era das cavernas! —, ainda era necessário adquirir a fita. Ainda que o custo fosse consideravelmente menor do que o de um CD, não era gratuito. Com o advento dos gravadores de CD, as pessoas puderam fazer cópias e criar arquivos digitais das faixas. A chegada do Napster, um dos primeiros serviços de compartilhamento de arquivos, foi equivalente ao impacto de um asteroide na indústria musical. Ele a arrasou completamente, permitindo que os usuários compartilhassem esses arquivos livremente. As vendas nunca mais foram as mesmas, e uma das soluções encontradas foi, adivinhem, uma inovação tecnológica: os serviços de streaming. Você está lendo este post enquanto curte uma playlist do Spotify ao fundo?
Em suma, revela que jovens da geração Z estão abandonando o Google e utilizando cada vez mais o TikTok como principal buscador. Se querem procurar um restaurante, é a essa plataforma que eles recorrem. Por que isso tem acontecido? Alguns achados da pesquisa indicam que:
A geração Z busca conteúdos inovadores, e é exatamente isso que redes como TikTok e Instagram oferecem. Uma vez que não procuram por palavras-chave ao realizar pesquisas, faz todo sentido que estejam migrando para locais onde seus anseios são saciados. Devido a esse novo comportamento, o Google tem procurado implementar mudanças em seu mecanismo de busca para atrair essa parcela mais jovem do público, como a combinação de imagens e textos nas pesquisas. Futuramente, a empresa prevê que essa associação possibilitará a interação de realidade virtual.
Sem dúvida, é importante estarmos atentos ao impacto cultural desse movimento, pois estamos falando de um grupo que corresponde a um quinto da força de trabalho no mercado, mas também de uma geração que enxerga o mundo baseado no que os algoritmos de uma rede social, principalmente motivada pelo entretenimento, oferecem. Mas isso não significa o fim das marcas tradicionais. O Washington Post, com quase 150 anos de existência, conseguiu se destacar no TikTok, utilizando uma linguagem adequada à rede. Uma explicação para esse sucesso está provavelmente relacionada à venda do jornal para Jeff Bezos, o dono da Amazon e um dos maiores especialistas em tecnologia do mundo.
No Brasil, quase metade da geração Z considera o smartphone seu “melhor amigo”, tornando-o o dispositivo principal dessa faixa etária. Como mencionado anteriormente, atualmente, eles representam 20% do mercado de trabalho, e em alguns anos, serão a maioria. Você sabe como se comunicar com eles? Entende como utilizar as redes sociais que eles preferem em suas estratégias? Aqui na Outlab, possuímos a equipe e o conhecimento necessários para isso. Somos uma agência digital focada em criatividade, estratégia e resultados. Se busca um planejamento de marketing eficaz, fale conosco!